quinta-feira, 24 de abril de 2014

A cura.


A primeira vez que o Senhor Deus Se manifestou como o Deus que cura foi em Êxodo 15:15. Ele declarou: “Se ouvires atento a voz do Senhor teu Deus, e fizeres o que é reto diante de Seus olhos, e deres ouvido aos seus mandamentos e guardares todos os Seus estatutos, nenhuma enfermidade virá sobre ti, das quais enviei sobre os egípcios, pois Eu sou “Jeovah  Rafah”, o Senhor que te sara.” Exodo 15:26. Nesse texto Jeovah Rafah faz uma promessa e uma aliança, um acordo com Seu povo.  Mas, Ele coloca uma condição para que todos possam ser sarados: ouvir a Sua voz, praticar a justiça, fazer o que é reto perante o Senhor, atentar aos mandamentos e guardá-los com todo temor e entendimento. O povo de Deus é de dura cerviz. Muitos ouvem, ouvem, mas, nunca chegam ao conhecimento da verdade. Deus deseja encontrar corações quebrantados e contritos, capazes de dar a Ele a prioridade e de servi-Lo com todo amor.

O pecado e as doenças vieram como maldição sobre a raça humana por causa da desobediência de Adão. No plano inicial de Deus para o homem, no Éden, não havia doença, nem morte. “Portanto, com um homem (Adão) entrou o pecado no mundo e, pelo pecado, a morte; assim também a morte passou a todos os homens porque todos pecaram”. Rom.5: 12. Mas, no Calvário, Cristo nos resgatou dessa maldição, fazendo-Se Ele próprio maldição em nosso lugar. Cristo cravou na cruz aquela sentença de morte e por Suas pisaduras fomos sarados e por Seu sangue fomos perdoados de todo pecado e injustiça. O profeta Isaias no seu maravilhoso capítulo 53: 4,5 declara: “Certamente Ele tomou sobre Si nossas enfermidades e nossas dores .... E foi transpassado pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniquidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre Ele e pelas Suas pisaduras somos sarados.”
A cura divina é real! E é muito importante compreender como devemos buscá-la, em oração. Precisamos saber também que Deus pode permitir que uma doença nos atinja, quando tem um propósito determinado, para testar a nossa fé ou nos provar em alguma área de nossa alma. É o caso de Jó, que o Senhor quis prová-lo na sua integridade para com Deus. “Porque Ele faz a ferida e Ele mesmo ata; Ele fere e as Suas mãos curam.” Jó 5: 18. 
Também pecados não confessados podem gerar enfermidades. Em algumas ocasiões, Jesus não mencionou a doença, mas, disse: “teus pecados são perdoados”, porque a causa da doença estava no pecado. Eliminando-se a causa, cessam-se os efeitos. Ao paralítico de Cafarnaum, Jesus simplesmente disse: “Tem bom ânimo, filho; estão perdoados os teus pecados”. E ele se levantou, tomou sua cama e foi para casa. 
Podemos afirmar que existem algumas fontes de cura: a cura natural, a medicinal e a divina. Vejamos: 
1. Cura natural - O corpo humano tem em si mesmo uma fonte de cura espontânea. Há enfermidades, como algumas viroses que desaparecem sem medicação alguma, porque a natureza reage com sabedoria e elimina a enfermidade. A febre é uma reação de defesa da natureza contra infecções ou inflamações. Quando Jesus curou o filho do oficial do rei, a febre, que era um sintoma, o deixou. (João 4: 46-54). Assim, foi também com a sogra de Pedro. (Mateus 8:14-17). Devemos cuidar de nosso corpo, sempre buscando o equilíbrio em nosso viver diário. O corpo precisa de uma alimentação adequada e balanceada, muita água, precisa de exercícios físicos, musculação, alongamento, caminhadas, repouso, 8 horas de sono, sol da manhã sem exageros, lazer e entretenimento também. O homem é um ser tripartido: corpo, alma e espírito e tudo deve ser cuidado e tratado quando se fizer necessário. 
A alma também precisa estar em equilíbrio, porque pode se enfermar. O espírito está pronto, mas, a carne (corpo+alma) é fraca por causa de nossa natureza pecaminosa e pode adoecer. É no espírito que fomos criados à imagem e semelhança de Deus. Quando porém, o homem dá lugar ao diabo, seu espírito fica enfermo, abrindo brechas e entradas em seu corpo, que podem alojar demônios de toda espécie. Jesus expulsou os demônios dos corpos de muitas pessoas possessas, curou toda espécie de moléstias e flagelos, deu vista aos cegos, ressuscitou mortos, curou um homem que tinha a mão ressequida, curou leprosos, paralíticos, surdos e mudos, expulsou muito espírito imundo e muitas outras coisas que se fossem escritas não caberiam no mundo todo.
2. Cura medicinal - Jesus não desprezou a cura pela medicina. Ao contrário: “Mas, Jesus ouvindo disse: os sãos não precisam de médico e, sim, os doentes”. Lucas era médico e quando relata as curas feitas por Jesus ele descreve de maneira detalhada, nomeando as doenças, com por exemplo, o homem hidrópico (que sofre de barriga d’água). 
3. Cura divina
No Velho Testamento encontramos alguns símbolos de cura que Deus efetuou no passado. É muito interessante mostrar que no passado as figuras usadas já eram sombra das coisas que haveriam de vir. Lembra-se do caso da serpente de bronze? Ela já prefigurava a cruz do Calvário. No Novo Testamento vemos o ministério de cura de Jesus, depois dos 12 apóstolos, depois dos 70 discípulos e na Igreja Primitiva de forma expressiva e gloriosa.       
Jesus, pelo Seu Espírito Santo outorgou dons aos servos para tudo o que é útil. Algumas curas foram instantâneas e outras gradativas, como a cura do cego de Betsaida, relatada em Mc.8: 22-26.  A Cura
Divina é uma doutrina bíblica que aceitamos com abertura e fé. É Jesus quem cura. E Jesus é o mesmo ontem, hoje e eternamente. Pelo poder de Seu Santo espírito Jesus continua curando toda espécie de doença e enfermidade física e da alma também. Cabe a nós, primeiramente invocar o poder curador de Jesus, não desprezando, outrossim, a ciência e os médicos, pois foi Deus quem deu a esses a capacidade de fazer diagnósticos e tratar dos enfermos com sucesso.      
A ciência está descobrindo novos tratamentos e vacinas para inúmeras enfermidades, antes incuráveis e, agora, cabe a cada um ser grato a Deus por tantos benefícios que temos recebido através de Sua grande misericórdia! 
Creia na cura divina e quando alguma doença ou enfermidade o assaltar, ore, primeiramente, a Deus, e exponha-se à pregação do Evangelho, colocando a sua fé em ação. E a oração da fé é poderosa em seus efeitos.
Deus o abençoe com uma saúde perfeita!

Com amor, 

Pra. Aline 

terça-feira, 15 de abril de 2014

A Festa da Páscoa.

A Festa da Páscoa é a mais importante do Cristianismo, tanto por sua simbologia, como pela riqueza da mensagem. Deus determinou a Moisés, essa festa como “estatuto perpétuo para todas as gerações.” Ex.12:14. A palavra Páscoa significa passagem. Para o mundo é a festa em que se presenteia crianças com coelhinhos de pelúcia, cenoura de feltro e ovos de chocolate. Mas, o que tem a ver coelhos, ovos e cenouras com o imenso sacrifício de Jesus na Cruz? Mas, para os cristãos, verdadeiro sentido da Páscoa é que celebremos a nossa salvação em Cristo Jesus. 
Cristo é o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo.  No mundo antigo, cordeiros eram sacrificados para perdão dos pecados. Mas, o sangue de bodes e cordeiros não perdoa pecados. Por isso, Jesus se fez o “Cordeiro de Deus”, cujo sangue puro e imaculado foi derramado na Cruz para perdão dos nossos pecados. Devemos agradecer de todo nosso coração ao Pai, “que amou tanto o mundo que deu o Seu único Filho para que todo que nEle crer não morra mas, tenha a vida eterna”. 
Páscoa é a passagem da morte para a vida, das trevas para a luz, do engano e da mentira para a verdade, da perdição para a salvação, da idolatria para a adoração ao Deus vivo, Jesus Cristo, Ressurreto, que vive e reina para todo o sempre. Celebre a sua Páscoa com entendimento, com sobriedade e muita gratidão pelo
maior gesto de amor de todos os tempos, pois Jesus se entregou, voluntariamente, para ser o nosso suficiente Salvador! Ame esse Deus amoroso justo e santo, que fez todas as coisas para que você viva eternamente.  Celebre essa Páscoa de 2014 não com o pão do pecado, da imoralidade, da maldade e da malícia e, sim, com os asmos da sinceridade da pureza e da Verdade.
FELIZ PÁSCOA e que Deus o abençoe com muita alegria e PAZ!                                    

Pra. Aline Castejón Mattar 

sexta-feira, 11 de abril de 2014

A Crucificação de Jesus.

Jesus estava exausto! Depois do Getsêmani, do julgamento e das longas horas em que foi humilhado, machucado, desprezado e maltratado pelos soldados (Mt. 27:27-31), Ele ainda tinha que carregar Sua cruz pela cidade de Jerusalém. Dada a Sua exaustão, provavelmente, Jesus andava muito devagar, e isso retardava a procissão que o seguia. Simão, o Cirineu, um africano que olhava Jesus passar, foi obrigado a carregar a cruz do Senhor. Talvez as pessoas olhassem Simão, como um criminoso carregando sua cruz. Sem dúvida nenhuma, foi uma situação constrangedora para Simão, mas, que honra Simão terá na eternidade! A princípio, Simão foi compelido a se envolver fisicamente na cruz de Jesus, mas, mais tarde, tudo indica que ele próprio escolheu se apropriar do sentido espiritual da cruz de Cristo. Marcos 15:21 fala dos filhos de Simão, Rufo e Alexandre como homens reconhecidos na Igreja cristã e Paulo menciona Rufo, com grande afeição (Rm. 16:13). Não sabemos o que aconteceu naquele trajeto, mas sabemos que este encontro com Jesus, ainda que nas últimas horas do Senhor nesta terra, fizeram toda a diferença na vida de Simão. E você? É um leitor que apenas observa Jesus passar, sem querer tomar parte em sua cruz ou você escolheu ter parte na cruz de Cristo? Pense nisso com carinho!
Muitas pessoas não sabem que a crucificação de Jesus levou aproximadamente 6 horas. Durante as três primeiras horas, das 9:00 às 12:00h, os soldados repartiram a túnica de Jesus; Ele orou pelos seus inimigos; conversou com ladrão na cruz e por fim, deu as últimas recomendações a João em relação a sua mãe. Das 12h às 15h grandes trevas cobriram a terra (Mt. 27:45). Neste período, Jesus sentiu uma enorme agonia em Seu Espírito. Jesus carregou o pecado da humanidade, sentiu o desamparo do Pai e clamou em alta voz: “Deus meu, Deus meu, porque me desamparaste?” (v.46) Antes da crucificação, era costume oferecer ao condenado uma bebida sedativa. Jesus recusou tomá-la (v. 34; Mc. 15:22-23). O propósito do Senhor era terminar o trabalho que o Pai tinha confiado em suas mãos. O cálice do sofrimento deveria ser bebido com toda a sua amargura. 
Os quatro evangelhos e também o Salmo 22:17-18 relatam o episódio das vestes de Jesus. Este fato tem um significado espiritual importante para nós. Nos tempos de Jesus, nenhuma pessoa digna se despia em público. Estar desnudado em público significava humilhação e desgraça, mas um criminoso não tinha direito à privacidade. Jesus sofreu todo tipo de indignidade pessoal. Nem sequer na hora da morte teve algum respeito. Paulo em 2 Co. 8:9, faz menção desta indignidade.O pecado desfigura as pessoas aos olhos de Deus. A visão de Jesus nu na cruz era repulsivo. Isaías 52:14 diz que Jesus estava desfigurado.
Em Mt.27:39-44 podemos constatar que quatro zombarias, por quatro grupos diferentes, foram lançadas com a inspiração satânica, no momento da maior dor de Jesus. A saber: os que passavam pelo local (v.39): “salva-te a ti mesmo, se és Filho de Deus”, ou seja, se você não é um mentiroso, desce daí. Era o que Satanás queria; os principais sacerdotes, escribas e anciãos (v.41): eles atacaram o poder salvador de Jesus “se salva outros, salve-se a si mesmo”; os soldados (Lc. 23:36); os ladrões (Lc. 23:39).)
No verso 44 lemos que as trevas cobriram a Terra, das 6h às 9h. Mas, esse não foi um lamento da natureza
pelo Senhor Jesus ou o julgamento de Deus contra Jerusalém. Não, a Bíblia diz que houve trevas. Essas trevas eram uma parte do inferno. Deus chama o inferno de trevas (Mt. 25:30). Uma das pragas do Egito foi trevas (Ex. 10:21). Trevas representaram o julgamento de Deus sobre o pecado do mundo, que Jesus carregou neste momento na cruz.
No verso 46, Jesus clamou ao Pai: “Meu Deus por que me desamparaste?” E esse foi um clamor de desespero, oração de pedido de ajuda e também um clamor cumprindo uma profecia (Sl. 22:1). Mas acima de tudo, foi um clamor de uma fé inabalável, que proclama a confiança em Seu eterno relacionamento com Deus, e essa, nem o poder da terra, nem o poder do inferno poderiam abalar. Durante as 3 horas que antecedem este clamor, Jesus sofreu em silêncio o julgamento de Deus dos nossos pecados.
E, finalmente, as últimas palavras de Jesus na Cruz foram: “Tenho sede”; “Está consumado” e “Pai, em tuas mãos entrego meu espírito”. Seu sofrimento tinha chegado ao fim e Seu corpo foi entregue a morte.
E você, diante desse quadro terrível, como se sente? Queira Deus que essa mensagem toque profundamente o seu espírito de maneira tremenda e inigualável e que a sua gratidão e amor por Jesus alcance a proporção gigantesca que deve ter, pois todos nós estamos diante do maior gesto de amor de todos os tempos!

Com amor,                                                                

Pra. Aline Castejón Mattar