Todos os anos escolhemos uma mãe da Bíblia para focalizar seus méritos e testemunho de vida. Já falamos sobre Maria, a mãe de Jesus; Joquebede, a mãe de Moisés; Isabel, a mãe do grande Profeta João Batista; Eunice e Loide, mãe e avó de Timóteo; Ana a mãe de Samuel e tantas outras, Mas, nesse Ano de 2014 a minha homenagem é para minha amada mãe, que completou seus 98 anos de vida. Dirce nasceu dia 1º. de fevereiro de 1916, na cidade de Campinas.
Desde muito cedo, dedicou-se, com afinco, aos estudos de piano. E tornou-se uma excelente pianista, vencendo obras muito difíceis e de grande virtuosidade. Deu muitos concertos e recitais e sempre demonstrou sua técnica e talento, com sucesso. Aos 19 anos, Dirce casou-se com Cândido Dias Castejón, Promotor de Justiça e teve 3 filhas: Syllene, Aline e Celise, que lhe deram 10 netos e 18 bisnetos. Distinguida por suas virtudes morais, por seu equilíbrio em todas as coisas e por sua sensatez, por toda sua vida dedicou-se ao seu lar e à educação de suas filhas, tendo sido uma mulher enérgica, cheia de vigor e determinação. Sua têmpera, indiscutivelmente, é de alguém que sempre soube o que quer e seu caráter ilibado demonstra até o dia de hoje a fortaleza de suas raízes.
Dirce soube viver uma vida equilibrada e modesta. Jamais deixou-se levar por ilusões, arroubos e exageros. Muito econômica, sempre gerenciou as finanças da família, poupando muito mais do que gastando. Generosa com as filhas e netos, sempre deixou de desfrutar consigo, para dar às filhas, até o dia de hoje. Daí sua independência econômica, que a possibilita viver com seus próprios recursos. Aos 46 anos ficou viúva e nunca mais se casou. Foi mulher de um único homem, coisa rara nestes dias... Admirada por todos da família, Dirce sempre deu exemplo de dignidade e firmeza de propósitos. Linda, com “porte de rainha”, calada e sábia, ela sempre se distinguiu dentre as irmãs, cunhadas e mulheres da sua época. Em 1970, Dirce conheceu o Evangelho de Jesus Cristo e se converteu, congregando na Igreja Evangélica de Pinheiros e serviu a Deus como organista, durante muito tempo. Foi um tempo feliz para ela, que se alegrava de tocar, acompanhar o Coral e frequentar a Escola Dominical.
O tempo passou e, hoje, minha mãe com 98 anos, por sua vontade própria ainda vive sozinha, no seu “cantinho” com o amparo das ajudadoras, que lhe servem e fazem companhia. Nunca quis dar trabalho para ninguém e sempre enfrentava trabalho pelos outros. O que dizer-lhe nesse “Dia das mães”? Me faltam as palavras, porque tudo que eu já disse ainda é pouco para descrevê-la, homenageá-la e honrá-la como mulher, como esposa, mãe, irmã e filha.

Hoje, eu a vejo frágil, dependente, anciã de dias, calada, como sempre, mas, sempre balbuciando e clamando pelo “’Pai do céu” e por Jesus! Que lindo! Você não reclama nada e nem cobra nada de ninguém. Fica feliz quando eu vou vê-la, e, no entanto, não reclama das minhas ausências!
Eu louvo a Deus por sua vida e agradeço ao Senhor, porque Ele cuidou de todos os detalhes de sua vida. Verdadeiramente viúva, o Pai a tomou para Si e a abençoou com longevidade, saúde e lucidez. Obrigada, Mamãe! Na eternidade, eu sei que uma linda coroa estará reservada para você: a coroa da Vida!
E, de eternidade em eternidade, a Dirce viverá para sempre, galardoada por suas boas obras e suas virtudes de mulher cristã.
Feliz Dia das mães, mamãe! Que Deus a abençoe com a doce presença do Espírito Santo de Deus!
Com grande amor e gratidão, sua filha,
Aline
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